Para organizar: revisão primeiro, gabaritos depois. Vou começar pelo começo então primeiro Quinhentismo, depois Barroco e por último Arcadismo. E os autores eu vou deixar para depois dos movimentos, certo?
Qualquer dúvida, deixem um comentário aqui. Eu respondo assim que puder.
Quinhentismo
Não há projeto estético
Fascínio pela terra descoberta
Conversão dos indígenas através dos autos de Anchieta
Descrição da terra descoberta recheada de fantasia e utopia
Barroco
Representação da angústia
Fascínio pelas questões espirituais do homem
Conversão de todos os católicos através dos sermões de Vieira
Descrição crítica da colônia nas sátiras de Gregório de Matos
Barroco
Seiscentismo (séc. XVII)
Conflito (antropos x teos)
Cristianismo
Ideais da Contra-Reforma
Fé e emoção
Arte aristocrática
Ambiente urbano
Gosto por raciocínios complexos, intrincados
Vocabulário rebuscado
Uso da ordem inversa (hipérbato)
Paradoxos, antíteses, gradações, metonímias
Exagero emocional
Lírica diversificada (amorosa, sacra, filosófica)
Amor arrebatado, conflito entre o desejo e o pecado
Dúvida, medo da morte, submissão a Deus
Sátira de cunho pessoal e político; uso de vocabulário chulo
Arcadismo
Setecentismo (séc. XVIII)
Antropocentrismo
Paganismo
Ideais do Iluminismo
Razão
Arte de ideologia burguesa
Bucolismo (fugere urbem)
Busca a clareza de idéias, despreza o inutilia truncat
Vocabulário simples
Uso da ordem direta dos termos da oração
Uso de poucas figuras de linguagem
Contenção emocional
Produção repetitiva, sem inovações entre os autores
Amor convencional, sereno, sem grandes obstáculos
Aproveitar o momento sem medo pelo futuro
Sátira de cunho político apenas, sem ataques pessoais; vocabulário sóbrio
Autores
Jesuíta com a missão de evangelizar e converter os índios
Luta contra as religiões indígenas
Usa o teatro, a música e a poesia
Usa elementos da cultura indígena para conseguir a adesão dos espectadores
Pe. Antonio Vieira
Jesuíta com a missão de evangelizar e converter todos os colonos
Luta contra as religiões protestantes
Usa o sermão como arma política
Usa citações bíblicas, parábolas, comparações, para persuadir os ouvintes
Gregório de Matos
Lírica multiforme (amorosa, filosófica / reflexiva, religiosa/sacra)
Sátira popularesca, critica todos os componentes da sociedade
Sonetista
Tomás Antônio
Gonzaga
Lírica inovadora na 2ª metade de Marília de Dirceu (poesia biográfica)
Sátira elitista, critica apenas o governador e seus assessores
Produz liras de métrica e estrofação regular, mas não usa o soneto
Gabarito das questões de vestibular (pg 186)
9 - D. Linguagem rebuscada é característica do Barroco, não do Arcadismo.
10 - B. A exploração do ouro era a principal atividade econômica na colônia durante o século XVIII.
11 - A. A poesia satírica é aquela em que o eu-lírico (a voz poética do texto) ridiculariza ou critica alguém baseando-se em atitudes públicas, fisionomia, comportamentos. Como o eu-lírico do texto de cordel critica os deputados, de uma maneira geral, esta sátira coincide com o alvo das Cartas chilenas, o personagem Fanfarrão Minésio (psudônimo usado para se criticar o governador das Minas).
13 - A. Observem que esta é a única alternativa que corresponde a características do movimento árcade, ao qual Bocage pertenceu.
14 - B. Como eu comentei em sala e aqui no blog mesmo, a personificação é uma figura de linguagem muito presente nos textos árcades, tal a importância da natureza para que se construa um cenário de serenidade, reeptivo ao amor sereno e ao espírito tranqüilo do eu-lírico deste movimento. No caso do texto I, o rio Tejo, de Portugal, sorri, atitude humana. Os Zéfiros são os ventos. Bocage usa este nome porque Zéfiro é a divindade mitológica que controla os ventos (o que é uma referência pagã). Brincar também é uma atitude humana. Estas duas imagens (rio que ri, vento que brinca) são personificações - também chamadas de prosopopéias.
Fiquem com Deus e bom estudo!