25.2.07

A Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel sobre o Achamento do Brasil

Hello, pessoas!

Trabalhando já no contexto histórico do século XVI? Se tiverem dúvidas, procurem Gerardo, de História! Ele já disse que orienta vocês sim!

No nosso trabalho com Quinhentismo, já lemos excertos de trechos distintos de obras da literatura de informação, aquela que tem como objetivo reportar à coroa portuguesa e ao povo europeu em geral como é o novo mundo, sua terra, sua natureza e seu povo. Vimos, também, que, além deste tipo de literatura, há um outro, que estudaremos mais à frente: a literatura de catequese. De antemão, já expliquei a vocês que o intuito desta literatura de catequese é promover a conversão dos índios ao catolicismo. Portanto, ainda não estamos no campo da literatura propriamente dita, pois, ainda que os autores da literatura de catequese utilizem poemas, peças de teatro e canções, o objetivo utilitário destas produções (converter os gentios) é que está em primeiro lugar.

Dos textos da literatura de informação do quinhentismo brasileiro, o mais importante, sem dúvida, é a Carta de Caminha. Como documento histórico, ela faz o papel de "certidão de nascimento" do nosso país, e de nossa identidade enquanto nação também. Identidade que vai sendo moldada, aos poucos, a partir do olhar estrangeiro do homem europeu sobre nossa terra, e que, ao longo do processo de colonização, vai se alterando, em decorrência da miscigenação étnica, do sincretismo cultural e da firmação de uma população que aos poucos se independentiza da Metrópole. Todo esse processo culmina, politicamente, na proclamação da independência brasileira. Mas não é uma processo que termina na Independência, em 1822. Afinal, ainda com ela, continuamos economicamente dependentes (como ainda o somos) de países desenvolvidos e continuamos absorvendo uma cultura estrangeira que vai sendo misturada com a nossa. Ser brasileiro, talvez, no fim das contas, se defina justamente no "ser antropófago" dos nossos índios: alimentarmo-nos do que nos faz mais fortes, e desprezar o resto. Oswald de Andrade, no Modernismo, e Caetano Veloso, na Tropicália, que o digam! Pena que estes movimentos são assuntos que vocês só estudarão no terceiro ano!

A Carta, como podemos perceber na colagem que fiz dela (como eu avisei, seria impossível lermos as 13 páginas em aula - o que não impede vocês de buscar o texto integral: ele já foi publicado em livro e existem muitos sites aqui na web que o disponibilizam) manifesta os dois interesses do colonizador em nossa terra - a conquista material e a espiritual - e é um texto de motivo edênico. O interesse pela lucratividade que se poderia obter com a exploração da nova terra se manifesta na associação do gesto do indígena que aponta para elementos do navio e depois para a terra como um sinal de que lá se encontraria a matéria prima daqueles objetos: o ouro e a prata. Já o interesse pela conquista espiritual dos índios - através de sua catequese - está bem demarcado na declaração de Caminha, ao fim do texto "o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente". Nessa afirmação, Caminha demarca que, dada a ausência de sinais da possibilidade de ouro e prata no Brasil, a atividade que dará mais lucro certo a Portugal é a conquista espiritual. Lembrem que nesta época, dados os eventos da Contra-Reforma, Portugal buscava o prestígio junto à Igreja e ao Papa.

O motivo edênico, por sua vez, aflora na apresentação do esplendor da natureza brasileira e da inocência dos gentios. O que mais se assemelharia ao Éden do que gente bonita, "de bons rostos e bons narizes" que tem total inocência - aos olhos da moral cristã - acerca da nudez do corpo e que habita uma região, provavelmente uma ilha, em que abundam arvoredos, terra chã (plana, chão) e praia formosa? Infelizmente a moral católica do século XVI e seu radicalismo acerca de certo, errado, pecado e salvação e a conquista material, com a exploração do pau-brasil, da cana-de-açúcar e do ouro vão "contaminar" este paraíso inicial com tudo aquilo que a Europa tinha de negativo: repressão, ganância e luta pelo poder.

Feitas estas considerações, vamos às respostas da ficha.

A questão 1 lembra o estranhamento do português diante dos índios e pergunta o que chama a atenção em relação às índias. Os trechos em que Caminha tratava dessa visão sobre as índias foram suprimidos, e é preciso inferir a respeito dessa impressão, a partir do que foi apresentado como impressão sobre os índios. Ora, Caminha ressalta em sua descrição o exotismo dos índios em seu visual e a inocência com que exibiam "suas vergonhas". Considerando-se isso, podemos afirmar que a nudez inocente das índias é algo tão exótico para o conquistador português que certamente provocou o estranhamento.

A questão 2 destaca uma passagem da carta em que Caminha relata os sentimentos provocados pela visão das índias nuas. Nesse trecho, o autor vale-se da dupla atribuição de sentidos à palavra "vergonha". A "vergonha" dos índios e índias são seus órgãos sexuais. A vergonha do conquistador é o constrangimento diante da nudez alheia. Se lembrarmos do excertode Eduardo Bueno, "Vida a bordo", do livro Brasil - Terra à vista!, até o banho era considerado nocivo à saúde, mito criado para reprimir a lascívia que a visão do corpo poderia gerar no bom cristão. Portanto, a formação moral e religiosa do conquistador associa sexo e nudez a pecado, e se confronta com a moral indígena, que encara estes elementos com completa naturalidade.

A questão 3 trata da comunicação entre portugueses e índios. Na frota de Cabral havia três intérpretes, um para línguas africanas (e que foi o primeiro negro a pisar no Brasil), um para o idioma hindu (afinal a intenção era realmente ir para a Índia - o Brasil foi um mero pit-stop) e um para outras línguas asiáticas, se não estou enganada.
Apesar de todo este aparato lingüístico, porém, não foi possível haver comunicação entre portugueses e os índios da costa brasileira, que usavam uma língua completamente desconhecida. (Uma não, várias! Havia milhares de tribos distintas e embora muitas compartilhassem de uma mesma língua geral, havia milhares de idiomas diferentes também.)
Como, porém, contar ao rei que com todo o aparato levado, a frota de Cabral foi incapaz de se comunicar com gente tão primitiva? A solução de Caminha foi culpar o mar, que quebrava na costa e fazia barulho. Assim fica adiado o problema e a tripulação não recebe o rótulo de incompetente pelo receptor do texto.
Isto foi no episódio de Nicolau Coelho, sendo as considerações anteriores, portanto, as respostas para os itens A e B da questão 3. Mas antes de prosseguirmos com a questão 3, deixem-me fazer mais uma observação. Posteriormente, quando os dois índios jovens são levados a bordo, caminha lança uma interpretação para os gestos de aponte, demonstrando ao rei que entende o que o silvícola quer dizer, mesmo sem entender o que ele fala. Ou seja, mais uma vez ele contorna o problema, mostrando (ou pelo menos tentando) que a culpa do não-entendimento anterior realmente fora do mar.

A questão 4 trata do primeiro contato dos índios com Cabral (até então havia se limitado a Nicolau Coelho e aos marujos). Relendo o trecho que trata disto, podemos perceber que Cabral procurou assinalar seu posto de comando com elementos culturais que na Europa seriam facilmente entedidos: estava sentado, bem vestido, e com um estrado de alcatifa onde repousava os pés. Na Europa estes elementos dão destaque à posição superior de quem conta com eles. Mas para os índios brasileiros, não significavam nada. Tanto que eles ignoram o capitão e não o cumprimentam. As disparidades das duas culturas, portuguesa e gentílica são fortemente assinaladas nessa passagem.

A questão 5, por fim, trata dos interesses que já foram discutidos no início deste post. Os portugueses, de início buscavam metais preciosos e como não podem confirmar sua existência, há a sugestão da conquista espiritual dos indígenas, através da catequese.

Bom, that's all folks!
Bom domingo e até amanhã!

17.2.07

Exercícios com os textos do século XVI

Olá, queridos!

Eu sei, eu demorei dessa vez. Peço perdão e deixo uma justificativa: na soma de três escolas, são 900 e alguns vocês e eu administrando esse pelotão. Por isso, pode demorar um pouquinho chegar a atualização daqui, mas lembrem-se do ditado: Tarda, mas não falha! E eis me aqui, em pleno carnaval, deixando o post com as considerações sobre os textos do século XVI que trabalhamos e a correção dos exercícios sobre eles.

Antes de mais nada, para quem não registrou os títulos que foram cortados, aqui vai:
Texto 1: História da Província de Santa Cruz
Texto 2: Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel sobre o Achamento do Brasil
Texto 4: A verdadeira história dos selvagens nus e ferozes devoradores de homens

Como vimos em sala, os objetivos, os emissores e os receptores dos quatro textos, de maneira geral, são os mesmos. Todos visam informar alguém (o povo em geral, da Europa ou de Portugal em específico - apenas o texto 2 fica mais restrito, pois dirige-se à coroa) a respeito da nova terra, seus habitantes e a cultura deles. Os excertos (trechos) que lemos focaram-se no índio, mas as obras em que se inserem e os demais textos da mesma época também abrangeram a natureza, a fauna, a flora e o clima brasileiros.

Esta constatação nos permite responder à questão 1 da ficha: os elementos que se mostram em comum nos textos é o objetivo, a função social exercida por quem escreve (mesmo o Pe. Manuel da Nóbrega e Hans Staden, que não estiveram aqui com o propósito de atuarem como informantes, acabam cumprindo este papel ao produzirem os textos que lemos), o tema e o público alvo.


A informação veiculada pelos textos baseia-se, principalmente, na descrição física e cultural dos gentios. Quem se difere um pouquinho, neste aspecto, é o texto de Hans Staden, de caráter narrativo. Notem, entretanto, que junto à narração (o que aconteceu) existe uma descrição (como aconteceu). Staden assinala como os gentios são perigosos através de uma descrição de comportamento. Portanto, podemos responder à questão 2 assinalando que a para cumprir o propósito informativo da produção escrita - e assim saciar a curiosidade européia sobre o Novo Mundo - , os cronistas (historiadores do tempo presente) e os viajantes concentravam-se na descrição da terra e de sua gente, seja através da caracterização (como nos textos 1 e 2) seja através do relato de costumes (texto 3) ou de eventos específicos (texto 4).

O mote da descrição (o índio em seus aspectos físicos e culturais) aproxima os quatro textos, de origens e posições ideológicas distintas. Em todos eles, também, prevalece um ponto de vista estrangeiro intrigado com o exotismo do indígena. Esta constatação responde à questão 3. O ponto de vista ideológico singular da Carta de Caminha, destarte, destaca este texto dos demais. Caminha considera os índios bonitos (bons rostos e bons narizes) e não apresenta reprovação aos costumes indígenas, como o fez explicitamente Gândavo e Hans Staden (como comprova o título da obra), e implicitamente Pe. Manuel da Nóbrega. Este implícito está tanto na seleção do ritual antropofágico do indígena como assunto como na relação de Nóbrega com este aspecto cultural: para um padre católico contemporâneo à Contra-Reforma Católica uma atitude como esta representa, no mínimo, um estado completo de incivilidade, o qual, provavelmente, conecta-se a tentações demoníacas e perdição da alma. Tais comparações levam à Carta de Caminha como resposta para a questão 4.

A questão 5, pode ser solucionada de duas formas. Podemos considerar que no nível explícito, o objetivo dos textos realmente não se altera: informar a população européia sobre o Novo Mundo. É uma resposta precisa e aceitável como plenamente correta, inclusive em questão de prova (bastanto, apenas, a apresentação da justificativa para a conquista da totalidade de pontos a ela reservada).

Todavia, podemos também lançar um olhar mais profundo sobre a ideologia dos textos e seus implícitos. O que desejam os autores ao selecionar as informações que apresentaram em seus textos? Quem informa alguém, informa por uma razão específica, que raramente é altruísta. Gândavo, por exemplo, em seu texto reduziu os índios a animais, com expressões como machos e fêmeas. Além disso infere que a ausência de F, L e R significa a ausência de Fé, Lei e Rei naquela cultura. Como interpretaria isso Portugal? O que se deve fazer com um povo que não tem Fé, Lei e Rei, segundo a interpretação do homem europeu no século XVI? Que ação é impulsionada por essa informação? A dominação parece ser a resposta mais acertada, não é? Portanto, podemos considerar que Gândavo tem como objetivo, também, estimular o povo português a tomar para si a terra e impor sua Fé, sua Lei e o seu Rei àqueles que não têm.

Esta intenção colonizadora e dominadora inexiste, entretanto, no texto de Caminha, pelo menos no excerto que lemos. Aparentemente, Caminha se manteve mais neutro em sua posição ideológica, e a informação, no excerto, realmente parece servir apenas para satisfazer a curiosidade real sobre o Brasil.

E quanto a Nóbrega e Staden? Os excertos parecem intentar demostrar como é perigosa a nova terra e seus habitantes. Provavelmente depois da leitura destes textos, o homem do século XVI não esperaria muito para reagir de forma violenta se encontrasse com indígenas, como realmente acabou ocorrendo - e resultando em extermínio.

Uma ou outra forma de se responder à questão 5 é satisfatória para nosso início de trabalho. Mas assinalo que esta segunda demonstra uma capacidade de leitura muito mais atenta e aprofundada dos trechos. Gostaria muito que, ao fim de nosso ano letivo, boa parte de vocês tivessem este tipo de análise crítica. Se Deus quiser, chegaremos lá.

Restou-nos a questão 6. Como já assinalamos anteriormente, o título da obra de Hans Staden apresenta um ponto de vista negativo sobre os índios brasileiros: selvagens demonstra um julgamento de valor que parte do ponto de vista do homem europeu. Além disso, as características nus, ferozes e devoradores de homens representam pecado, violência e pecado/ausência de pudor, respectivamente. Isto responde ao item A.

Vamos ao item B: "descobrir" e "achar" denominam ações diferentes? Pensemos: Isaac Newton "descobriu a lei da atração dos corpos" ou "achou a lei"? Em que consiste uma ação e outra? Ora, nós achamos aquilo cuja existência se conhecia, mas que tinha um paradeiro ignorado ou esquecido. Achamos uma nota de 10 reais no bolso da calça guardada. Um dia aquela nota era conhecida e ali foi esquecida. Achamos um livro que guardáramos em algum lugar, mas que foi dali retirado por outra pessoa. Se Newton houvesse "achado" a lei de atração dos corpos, ela já seria conhecida antes. Como essa lei não era conhecida, trata-se de uma "descoberta". Por isso, dizer que os portugueses "acharam" o Brasil associa-se à idéia de que já se conhecia a existência do Brasil, mas que sua localização não era precisa. Descobrir o Brasil, por outro lado, é encontrar uma terra completamente desconhecida.

Para concluirmos, observem o item C: que título se conecta a uma série de eventos e a uma obra longa. A palavra História do título dos textos de Gândavo e de Staden salta aos nossos olhos neste momento. Porém, apenas o título de Gândavo tem esta conotação, pois é a história de toda uma terra, e não apenas de um povo. Presume-se que na província de Santa Cruz existam muitos povos, além de componentes naturais que serão abordados em um compêndio sobre sua história. Já "os selvagens nus e ferozes devoradores de homens" delimitam a concentração do texto de Hans Staden apenas a este povo. Por isso, a resposta é o título do texto 1.

Terminamos desta vez por aqui! Aproveitem MUITO o carnaval!!
Beijos e até a próxima!

5.2.07

Exercícios de Interpretação do texto Sangue na Areia

Sejam bem-vindos! Este foi um espaço que deu muito certo em 2006 e espero que seja assim também em 2007. Aqui eu deixarei as resoluções de todos os nossos exercícios, textos de apoio e e complementação, material de revisão dos assunto e vocês podem usar os comentários para tirar dúvidas. Assim que for possível, geralmente uma vez por semana, eu postarei aqui e responderei aos comentários.

Antes das respostas das questões em si, um comentário que eu fiz na maioria das turmas e que alguém pode não ter entendido (e quem faltou não terá a oportunidade de ter contato com esses conceitos a não ser através daqui): todo texto, mesmo que seja um poema sobre o amor ou uma redação científica, tem ideologia. Ter ideologia significa ter um posicionamento político/social. Um poema sobre o amor tem esse posicionamento na medida em que ao expressar o amor, seu autor expressa, mesmo que de maneira muito sutil, sua perspectiva sobre os papéis sociais de homens e mulheres e sobre os relacionamentos humanos. Um texto científico, mesmo que pretenda ser imparcial, já tem um posicionamento ideológico desde o momento em que escolhe seu tema (uma escolha significa dar importância a um elemento em detrimento de outros). Além disso, todo texto de caráter científico segue uma teoria, um entendimento sobre o seu assunto. Caso seu objetivo seja confrontar teorias porque não escolheu ainda uma especificamente, esse também é um posicionamento. Até a imparcialidade é ideológica, pois é a posição de onde se busca olhar o mundo com isenção de julgamento (o que é impossível, no fim das contas, pois sempre há algo de subjetivo em nossas escolhas).

Se todo texto tem uma ideologia, ele também tem uma tese, ou seja, uma opinião. Mesmo que seu objetivo não seja comprovar para as outras pessoas de que essa tese é a mais correta sobre o tema, todo autor tem uma opinião sobre aquilo que ele escreve ou fala. O que ele não precisa apresentar, necessariamente, são os argumentos. Argumentos são as idéias que usamos para mostrar ao receptor do nosso texto de que a nossa tese é factível, possível, e que ele deveria concordar conosco. São as idéias que buscam um convencimento do leitor a respeito da tese.

Sabendo disso, podemos entender melhor o que foi pedido na primeira questão do exercício. O enunciado já nos apresentou a tese defendida em Sangue na areia: o filme turistas não prejudica a imagem do Brasil no exterior. Para conseguir comprovar isto ao leitor, Osmar Freitas Jr fez uso de duas idéias principais e de algumas secundárias que as desenvolveram. A idéia principal que ganhou mais força é a de que Turistas é um filme ruim e clicherizado, que foi desprezado pela crítica, teve pouca lucratividade e possivelmente será logo esquecido.
Junto a essa idéia, o jornalista expôs outra, anteriormente no texto, e que tem como finalidade desacreditar os autores do filme. Com a apresentação dos dados estatísticos a respeito do desconhecimento dos americanos sobre seu próprio país, foi posta em cheque a capacidade dos americanos (e o filme é americano) de conhecerem a realidade de outros países. Com esta idéia, o autor desacredita a competência do autor do filme de apresentar o Brasil como ele é. A obra acaba sendo um filme feito por alguém que não conhece o país e por isso aquilo que se diz não tem credibilidade.

Alguns alunos perguntaram-me se o fato de o Brasil, segundo o texto, ter uma imagem negativa no estrangeiro anterior ao filme (e nisso chegamos na terceira questão) não poderia ser considerado um argumento favorável à sua idéia. E a resposta é que realmente não podemos deixar de perceber nesse dado um elemento que põe em cheque o impacto negativo do filme, visto que antes dele já havia essa imagem de miséria, violência e sexo fácil. A comprovação de que a imagem é anterior a Turistas é a convenção feita em 2004 para tentar recuperar a imagem do Brasil.

Por fim, o outro elemento que exporta a imagem do Brasil para o exterior mencionado por Osmar Freitas Jr foram as notícias ruins veiculadas pela mídia. Alguém me perguntou, creio que no 1ºA, se a Embratur não faria isso também. Não deixa de ser função da Embratur, mas o texto não mencionou este papel, então melhor nos atermos às notícias, ok?

Espero que as possíveis dúvidas tenham sido resolvidas!
Grande abraço e até a próxima!